Variabilidade espacial de plantas daninhas em áreas sob diferentes usos agrícolas
Resumo
Devido ao seu vasto território e grande variação climática, o Brasil apresenta condições de permitir o crescimento de diversas espécies de plantas daninhas, o que acaba demandando alto consumo de herbicidas. Para realizar o controle pontual, mitigar problemas ambientais e reduzir custos de aplicação, a variabilidade espacial para controle de plantas daninhas por meio de ferramentas geoestatíticas permite resultados satisfatórios a essa demanda. Nesse sentido, o trabalho foi realizado com o objetivo de verificar a variabilidade espacial de três áreas com diferentes usos agrícolas e mapear a distribuição espacial de plantas daninhas, taxas de infestação e mapas de aplicação de herbicidas. O georreferenciamento foi realizado em malha 47 x 56 m, totalizando 51 pontos. Após a coleta das amostras, foram identificadas as plantas daninhas, que foram separadas por famílias, a fim de confeccionar mapas de necessidade de aplicação (densidade de plantas daninhas/m²) e controle químico, através de diferentes herbicidas (Glifosato, 2-4-D, 2-4-D + picloram) indicados para as necessidades apontadas em cada parcela, bem como as suas características agronômicas. Constatou-se que as plantas daninhas estão presentes em áreas com menor uso de práticas de manejo, além de serem as áreas mais propícias a sofrer degradação. É possível fazer aplicações localizadas de herbicidas em espécies pós-emergência, pós-tardias e adultas, levando em consideração a variabilidade espacial das plantas daninhas.
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PDFReferências
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DOI: http://dx.doi.org/10.47236/2594-7036.2021.v5.i4.21-36p
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