A escritora negra no Brasil: memória do alijamento e inclusão no mercado editorial
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2022.v6.i1.42-56pPalavras-chave:
Educação Profissional e Tecnológica. Escritoras negras. Mercado editorial. ProfEPT. Roda de conversa.Resumo
Este trabalho tem por objetivo selecionar episódios específicos da História do Brasil que ressaltem a memória da participação intelectual da mulher negra na produção da literatura brasileira a partir do século XIX mediante a escolha de textos presentes em Antologia pessoal de Carolina Maria de Jesus (1996), Poemas da recordação e outros movimentos (2017) e Só por hoje eu vou deixar o meu cabelo em paz (2014). Mais especificamente, a pesquisa de que resulta este artigo, a partir da seleção de textos de Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus, Maria Conceição Evaristo e Cristiane Sobral, procurou elucidar a relação entre a mulher negra e o mercado de trabalho das Letras, considerando os privilégios do homem branco de classe dominante no mercado editorial nacional até os dias de hoje. Assim sendo, o trabalho apresenta como resultado um produto educacional que discute as questões de marginalização e protagonismo da mulher negra enquanto profissional da literatura no Brasil, autoras que conseguiram superar as barreiras e o silenciamento recorrentes na produção literária nacional. E, para tanto, problematiza o feedback de uma roda de conversa remota com debates e reflexões sobre os textos literários com um coletivo negro interessado em entender e debater aspectos das relações de poder e privilégio étnico-raciais e de gênero no mercado editorial brasileiro a partir de fragmentos de poemas das autoras supracitadas, uma vez recitados e coletivamente analisados.Downloads
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Referências
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