Parquinhos em perspectiva: como a vegetação atenua o clima em diferentes cenários
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2025.v9.1603Palavras-chave:
Bioclimatismo, Qualidade de vida, Resiliência urbana, Simulação MicroclimáticaResumo
Diante do cenário atual de mudanças climáticas, a vegetação se mostra cada vez mais essencial para adaptações conscientes no que tange ao conforto térmico nas cidades. Análises do microclima urbano, com uso de tecnologias aplicadas ao planejamento urbano e ambiental, são relevantes para tomada de decisões baseadas em evidências e, desta forma, formação de condições térmicas adequadas para os usuários. Este estudo visa examinar o microclima de dois parques infantis na cidade de Naviraí - MS a partir de estudos da relação direta entre amenização térmica e presença de vegetação. Para a coleta de dados, foram utilizados Dataloggers para aferição de temperatura do ar e umidade relativa do ar. Em seguida, foram realizadas simulações computacionais no software ENVI-met 5.6.1, complementadas por informações coletadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Os resultados deste estudo demonstraram que áreas com maior presença vegetal apresentam temperaturas mais baixas e umidade relativa do ar mais alta, em comparação com áreas predominantemente pavimentadas. Conclui-se que, a partir do estudo de cenários de previsibilidade, a vegetação pode contribuir para a redução das temperaturas.Downloads
Métricas
Referências
ANDRADE, R. V. de. O processo de produção dos parques e bosques públicos de Curitiba. 2001. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Paraná. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/12844744/Dissertacao-Rivail-Vanin-de-Andrade-O-processo-de-producao-dos-parques-e-bosques-publicos-de-curitiba. Acesso em: 14 jun. 2024.
CAMPOS, M. R. O uso do ENVI-met na análise microclimática urbana: A Praça Afonso Pena - Tijuca, RJ. Dissertação (mestrado). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
CARPO, M. The Second Digital Turn: Design Beyond Intelligence. Ed. MIT Press, Cambridge, 240 p., 2017. DOI: https://doi.org/10.7551/mitpress/9976.001.0001
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
ENVI-MET. Leading 3D Modelling Software for Urban Cooling and Climate Adaptive Planning. Disponível em: https://envi-met.com/. Acesso em: 14 mar. 2025.
GARTLAND, L. Ilhas de calor: como mitigar zonas de calor em áreas urbanas. São Paulo: Oficina de Textos, 2010.
MARCHIONI, M. et al. Soluções Baseadas na Natureza como instrumento de melhoria da arborização urbana, auxiliando na construção de cidades sensíveis à água e resilientes às mudanças climáticas. Revista LABVERDE, v. 12, n. 1, p. 12–44, 21 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2179-2275.labverde.2022.189209
MARTINS, A. P. G. et al. Infraestrutura verde para monitorar e minimizar os impactos da poluição atmosférica. Estudos Avançados, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2021.35102.003
MERLIN, J.R.; et al. Sistema de espaços livres e morfologia urbana de Campinas. In: MACEDO, S. et al. (Org.). Quadro geral da forma e do sistema de espaços livres das cidades brasileiras. Livro 2. São Paulo: FAUUSP, 2018, p. 9-41.
MONTEIRO, J. M. G. et al. Metodologia para a indicação prévia de Soluções Baseadas na Natureza (SbN) visando à segurança alimentar e hídrica e à adaptação às mudanças climáticas. Rio de Janeiro, Embrapa Solos, 2022.
MONTEIRO, C. A. F. Conforto térmico urbano: a vegetação e sua importância na redução do estresse térmico. Ambiente e Sociedade, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 173-189, jan./jun. 2010.
NERIS, G. Onda de calor vai se estender até o fim do verão em MS, 2024. O Correio News. Disponível em: https://www.ocorreionews.com.br/2024/03/13/onda-de-calor-vai-se-estender-ate-o-fim-do-verao-em-ms/. Acesso em: 19 set. 2024.
NOVAIS, J. W. Z. et al. Simulação por ENVI-met das Condições Higrotérmicas da Universidade de Cuiabá, Campus Barão. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, v. 21, n. 2, p. 200-205, 2020. DOI: https://doi.org/10.17921/2447-8733.2020v21n2p200-205
OKE, T. R. Boundary Layer Climates. 2nd ed. London: Methuen, 1987.
PLANO DE MANEJO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO CÓRREGO CUMANDAÍ (PNMCC). Naviraí - MS: Valenza Ambiental, 2018. Disponível em: https://navirai.ms.gov.br/wp-content/uploads/2018/07/PLANO_MANEJO_PNMCC_2018-Alta-Resolu%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 29 nov. 2023.
NAVIRAÍ. PREFEITURA MUNICIPAL DE NAVIRAÍ - MS. Prefeitura de Naviraí adquire novos brinquedos para o playground do Parque Municipal do Cumandaí. Disponível em: https://navirai.ms.gov.br/noticia/prefeitura-de-navirai-adquire-novos-brinquedos-para-o-playground-do-parque-municipal-do-cumandai/. Acesso em: 14 mar. 2025.
RODRIGUES, A. P. M; PASQUALETTO, A; GARÇÃO, A. L. O. A influência dos parques urbanos no microclima de Goiânia. Revista Baru-Revista Brasileira de Assuntos Regionais e Urbanos, v. 3, n. 1, p. 25-44, 2017. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/baru/article/view/5829. Acesso em: 29 nov. 2023. DOI: https://doi.org/10.18224/baru.v3i1.5829
ROMERO, M. A. B. Princípios bioclimáticos para o desenho urbano. Brasília: Editora Unb, 2013. 128 p. DOI: https://doi.org/10.7476/9788523013486
ROMERO, M. A. B. et al. Mudanças climáticas e ilhas de calor urbanas. Brasília: Editora UnB, 2019. 151 p.
SILVA, B. et al. O impacto da vegetação urbana no conforto térmico na escala local do Distrito Federal-DF. Mix Sustentável, v.6, n.2, p.89-98, 2020. Disponível em: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/mixsustentavel/article/view/4119. Acesso em: 20 nov. 2023. DOI: https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2020.v6.n2.89-98
SILVA, C. F. E. et al. Simulação Microclimática com ENVI-met 5.0: Guia Metodológico. UnB: Brasília, 2022. DOI: https://doi.org/10.26512/9786584854109
SILVA, F. D. A., FERREIRA, M. A. Ilha de calor urbana: diagnóstico como ferramenta de gestão ambiental urbana para a cidade de Coari (AM). Revista Científica Semana Acadêmica, Fortaleza, mai. 2023. Disponível em: https://semanaacademica.org.br/artigo/ilha-de-calor-urbana-diagnostico-como-ferramenta-de-gestao-ambiental-urbana-nas-cidades-de-0. Acesso em: 15 mar. 2025. DOI: https://doi.org/10.29327/1-cepps.972147
SILVA, M. S. Vegetação e o microclima urbano em área de ocupação consolidada: aplicação do modelo ENVI-met ao conjunto confisco em Belo Horizonte, MG. 2021. 212f, il. Dissertação (Mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável) — Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2021. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/42634. Acesso em: 24 jan. 2024.
SOUZA, C. A. Determinação do campo térmico a partir da classificação da paisagem dos ambientes climáticos intraurbanos. Tese (Doutorado em Tecnologias Ambientais). Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2019. DOI: https://doi.org/10.29183/2447-3073.MIX2020.v6.n4.167-168
STEWART, I. D. OKE, T. R. Local Climate Zones for Urban Temperature Studies. Bulletin of the American Meteorological Society, v. 93, dez. 2012, p. 1879–1900. DOI: https://doi.org/10.1175/BAMS-D-11-00019.1
TSOKA, S.; TSIKALOUDAKI, A.; THEODOSIOU, T. Analyzing the ENVI-met microclimate model’s performance and assessing cool materials and urban vegetation applications–A review. Sustainable Cities and Society, v. 43, p. 55–76, 1 nov. 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scs.2018.08.009
WERNECK, D. R. Variabilidade da temperatura de superfície diurna entre as zonas climáticas locais (LCZ): um estudo para a área urbana do Distrito Federal. 2022. 174 f., il. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Jéssica Caroline Santos Mello, Camila Amaro de Souza

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Permite o compartilhamento, adaptação e uso para quaisquer fins, inclusive comerciais, desde que feita a devida atribuição aos autores e à Revista Sítio Novo.
Os autores declaram que o trabalho é original, não foi previamente publicado em parte ou no todo, exceto em servidores de preprints reconhecidos, desde que declarado, e que nenhum outro manuscrito similar de sua autoria está publicado ou em processo de avaliação por outro periódico, seja impresso ou eletrônico.
Declaram que não violaram nem infringiram nenhum tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável.
Os autores mantêm os direitos autorais dos manuscritos publicados nesta revista, permitindo o uso irrestrito de seu conteúdo, desde que citada a autoria original e a fonte da publicação.