Viabilidade econômica da criação de abelhas na Comunidade Maguari - Floresta Nacional do Tapajós
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2022.v6.i2.65-74pPalavras-chave:
Apicultura. Economia comunitária. Meliponicultura. Renda.Resumo
A criação de abelha (apiário e meliponário) tem potencial de complementar a renda de pequenos e médios produtores rurais e de colaborar com a conservação das abelhas e com a polinização das plantas. É uma atividade que requer baixo investimento inicial e pode ser instalada em pequenos espaços dentro da propriedade do empreendedor. Avaliamos a viabilidade econômica de uma criação de abelhas localizada na comunidade do Maguari, na Floresta Nacional do Tapajós, utilizando questionário semiestruturado aplicado a um produtor rural, abrangendo dados de implantação e manutenção, custos de transporte do produto, mão de obra e comercialização, além da produtividade do mel. Estimaram-se especificamente o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR) do empreendimento. O investimento registrou VPL de R$ R$ 690,72, indicando viabilidade econômica do empreendimento considerando taxa de desconto de 7 % a.a. A TIR obtida ficou de 33%, o que reafirma a relativa robustez da atividade para enfrentar as oscilações de taxas de juros da economia. O empreendimento é economicamente viável, sendo uma alternativa aos criadores de abelhas para ampliar sua renda familiar, assim como a atividade pode ser aumentada, desde que as práticas de manejo sejam adequadas visando a racionalização dos recursos naturais, maior retorno financeiro e à conservação da fauna e da flora.Downloads
Métricas
Referências
ANDRADE, D. F. Pnventário florestal de grandes áreas na Floresta Nacional do Tapajós, Pará, Amazônia, Brasil. Biota Amazônia, Macapá, v. 5, n. 1, p. 109-115, 2015.
ARBOITTE, Miguelangelo Ziegler et al. Produtos das abelhas para a difusão de conhecimento da criação de abelhas do gênero Apís e Melíponas. Brazilian Journal of Development, [s. l.], v. 7, n. 3, 2021.
BRASIL. CONAMA. Resolução n° 346, de 16 de agosto de 2004. Disciplina a utilização das abelhas silvestres nativas, bem como a implantação de meliponários. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 17 ago. 2004. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=100791. Acesso em: 22 fev. 2020.
CHARNET, Natalia; BORGES, Fernando Hagihara. Análise da viabilidade econômica financeira para produção de mel: um estudo de caso em um produtor de pequeno porte. In: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DE SERGIPE, 10., 2018, São Cristóvão, SE. Anais [...]. São Cristóvão, SE: UFS, 2018.
CHICHORRO, J. F.; SILVA, A. L. P.; ANDRADE, W. S. de P.; HEGEDUS, E. N.; KUBOYAMA, F. A. Q. Custos e índices econômicos de povoamentos de eucalipto do Programa Produtor Florestal no Espírito Santo. Pesquisa Florestal Brasileira, v. 37, n. 92, p. 447-456, 2017.
CLEMENTE, Sarah Haline et al. Viabilidade econômica da produção de mel: análise comparativa entre duas espécies de abelhas como fonte de renda da agricultura familiar. 2019. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Enhenharia de Produção da Universidade Federal da Grande Dourados. 2019.
CLEMENTE, Sarah Haline; CLEMENTE, Higor Henrique. Estudo de viabilidade econômica da produção de mel e sabonetes artesanais como fonte de renda da agricultura familiar. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 1., 2021, Dourados. Anais [...]. Dourados, UFGD, 2021.
COSTA, T. V.; FARIAS, C. A. G.; BRANDÃO, C. S. Meliponicultura em comunidades tradicionais do Amazonas. Rev. Bras. de Agroecologia, [s. l.], v. 7, n. 3, p. 106-115, 2012.
DE LIMA, João Ricardo Ferreira; RIBEIRO, M. de F. Análise dos custos da produção e viabilidade econômica da meliponicultura no Submédio do Vale do São Francisco. In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL DO REGIONAL NORDESTE, 13., 2018, Juazeiro, BA. Novas dinâmicas de desenvolvimento do Semiárido: Embrapa Juazeiro: UNIVASF: SOBER-NE, 2018.
DOS SANTOS, Charles Fernando et al. Diversidade de abelhas sem ferrão e seu uso como recurso natural no Brasil: permissões e restrições legais consorciadas a políticas públicas. Revista Brasileira de Meio Ambiente, v. 9, n. 2, 2021.
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Habra, 2004. 776 p.
GOMES, Renata et al. Produção e qualidade de mel na zona da mata de Pernambuco. Enciclopédia Biosfera, [s. l.], v. 14, n. 26, 2017.
IMPERATRIZ-FONSECA, V. L.; SARAIVA, A. M.; JONG, D. Bees as pollinators in Brazil: assessing the status and suggesting best practices. Ribeirão Preto: Holos, 2006.
KREUZ, C. L; SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Custos de produção, expectativas de retorno e de riscos do agronegócio mel no planalto norte de Santa Catarina. Custos e @gronegócio on line, Recife, v. 4, n. 1, jan./abr. 2008.
LOPES, Any Ellen Prestes et al. Caracterização físico-química e atividade antioxidante do mel da abelha Jataí (Tetragonisca angustula) proveniente de diferentes regiões do estado do Paraná. 2019. Dissertação (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) – Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Londrina, 2019.
MAGALHÃES, T. L.; VENTURIERI, G. C. Aspectos econômicos da criação de abelhas indígenas sem ferrão (Apidae: Meliponini) no Nordeste paraense. Belém, PA: Embrapa Amazônia Oriental, 2010.
MAIA, Ulysses M. et al. Perfil da meliponicultura potiguar. In: IMPERATRIZ-FONSECA, V. L.; KOEDAM, D.; HRNCIR, Michael (ed.). A abelha jandaíra no passado, no presente e no futuro. Mossoró: EdUFERSA, 2017.
PASA, D. L.; LAUREANO, F.; FARIAS, J. A. D. E.; NOLASCO, B. G. Análise econômica de plantios florestais na agricultura familiar da região sul do Brasil. Revista de Economia e Agronegócio, [s. l.], v. 15, n. 2, p. 277-292, 2017.
PEREIRA, André Gustavo Campinas et al. Uso de geotecnologias para avaliação do desempenho produtivo paraense na produção de mel, no período de 2008-2018. Brazilian Journal of Development, [s. l.], v. 6, n. 5, p. 32087-32106, 2020.
PINTO, Roberta Quintino. Identificação do destino da produção de mel dos criadores de abelhas Apis Meliffera de Parauapebas/PA. 2020. Bacharelado em Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia. 2020.
PRODUÇÃO de mel no Brasil cresceu 8,5% em 2019. A.B.E.L.H.A., 2020. Disponível em: https://abelha.org.br/producao-de-mel-no-brasil-cresceu-85-em-2019/. Acesso em: 22 fev. 2020.
RIBEIRO, R.; STARIKOFF, K.R. Avaliação da qualidade físico-química e microbiológica de mel comercializado. Revista de Ciências Agroveterinárias, [s. l.], v. 18, n. 1, p. 111-118, 2019.
SEBRAE. Ideia de negócios. Criação de abelhas. Disponível em:<< https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/IDEIAS_DE_NEGOCIO/PDFS/103.pdf&ved=2ahUKEwiTxueBls72AhW_lJUCHWeeAg4QFnoECAQQAQ&usg=AOvVaw2kvT7AEuWlGVL53jlWKN8y>>. Acesso em: 24 maio 2019.
SILVA, M. G. et al. Perfil dos criadores de Apis mellifera no município de Aparecida, Paraíba. ACTA Apicola Brasilica, [s. l.], v. 6, n. 1, p. 01-05, 2019.
SILVA, W. P.; PAZ, J. R. L. Abelhas sem ferrão: muito mais do que uma importância econômica. Natureza on line, [s.l.] v. 10, n. 3, p. 146-152, 2012.
SPINOSA, W. A. et al. Extensão inovadora para agregação de renda à cadeia produtiva de mel de abelhas-sem-ferrão. Caminho Aberto: revista de extensão do IFSC, [s. l.], n. 15, p. 33-41, 2021.
VIDAL, MARIA DE FÁTIMA. Evolução da produção de mel na área de atuação do BNB. Caderno Setoria ETENE. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, ano 5, n.112, abr. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Mauricio Dumont Ferreira Sousa, Rommel Noce, Juliana Mendes De Oliveira, Graciene Conceição Dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Permite o compartilhamento, adaptação e uso para quaisquer fins, inclusive comerciais, desde que feita a devida atribuição aos autores e à Revista Sítio Novo.
Os autores declaram que o trabalho é original, não foi previamente publicado em parte ou no todo, exceto em servidores de preprints reconhecidos, desde que declarado, e que nenhum outro manuscrito similar de sua autoria está publicado ou em processo de avaliação por outro periódico, seja impresso ou eletrônico.
Declaram que não violaram nem infringiram nenhum tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável.
Os autores mantêm os direitos autorais dos manuscritos publicados nesta revista, permitindo o uso irrestrito de seu conteúdo, desde que citada a autoria original e a fonte da publicação.
