Análise da organização do espaço, sob o enfoque ergonômico, de residências voltadas para pessoas com TEA
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2022.v7.i0.69-82pPalavras-chave:
Arquitetura. Autismo. Deficiência. Ergonomia. TEA.Resumo
Ergonomia é o estudo das ações e influências mútuas entre o ser humano e o espaço por meio de interfaces recíprocas. Sua principal contribuição no ambiente construído é propor relações e condições de ação e mobilidade, definir proporções e estabelecer dimensões em condições específicas em ambientes naturais e construídos, englobando questões como conforto ambiental e desenho universal. A ergonomia pressupõe a percepção individual e subjetiva de qualidades, influenciada por valores culturais, sociais e cognitivos de comodidade, adequação, expressividade e prazer. Este trabalho teve como objetivo discutir como questões sensoriais são importantes quando se desenham ambientes que devam atender às necessidades de um público que apresenta transtorno de processamento sensorial e cognitivo, como – por exemplo – pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Para alcançar este objetivo, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre assuntos correlatos e uma análise estruturada da organização dos espaços e atividades de cinco residências assistidas para autistas. Os resultados mostraram uma preocupação em organizar os cômodos de forma que seja fácil de identificar visualmente as atividades e os fluxos esperados em cada espaço, além de estabelecer uma clara divisão entre os ambientes de convívio social e com maiores fontes de estímulos sensoriais e os ambientes privados e com maior controle individual de estímulos.Downloads
Métricas
Referências
AUTISM EUROPE. Towards a better quality of life - The rights of ageing people with autism. [Bruxelas: Autism Europe], 2013. versão online. Disponível em: http://www.autismeurope.org/wp-content/uploads/2017/08/ageing-report-en-sml.pdf. Acesso em: 19 set. 2018
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.575: Edificações habitacionais — Desempenho. Rio de Janeiro, 2013.
BRAND, Andrew. Living in the Community: housing design for adults with autism. Londres: Helen Hamlyn Centre, 2010. Disponível em: http://www.rca.ac.uk/documents/390/Living_in_the_Community.pdf Acesso em: 23 nov. 2018.
CENTER FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Data & Statistics on Autism Spectrum Disorder (ASD). Página de internet. Disponível em: https://www.cdc.gov/ncbddd/autism/data.html. Acesso em: 27 ago 2019.
CRANE, L.; GODDARD, L.; PRING, L. Sensory processing in adults with autism spectrum disorders. Autism, v. 13, n. 3, p. 215–228, 2009. DOI 10.1177/1362361309103794 Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/24280447_Crane_L_Goddard_L_Pring_L_Sensory_processing_in_adults_with_autism_spectrum_disorders_Autism_13_215-228. Acesso em: 23 nov. 2018
DEMILLY, Estelle. Autisme et Architecture: Relations entre les formes architecturales et l’état clinique des patients. 2014. Tese (Doutorado em Arquitetura) - École Nationale Supérieure d’Architecture de Lyon, Paris, 2014. Disponível em: http://theses.univ-lyon2.fr/documents/lyon2/2014/demilly_e. Acesso em: 21 set. 2018.
DONVAN, J.; ZUCKER C. Outra sintonia: A história do autismo. Tradução Luiz A. de Araújo. 1a ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2017, 664 p. ISBN 9788543809748
DREXEL UNIVERSITY. National Autism Indicators Report: Developmental Disability Services and Outcomes in Adulthood 2017. [Philadelphia: Life Course Outcomes Research Program, A.J. Drexel Autism Institute, Drexel University], 2017. Disponível em: https://drexel.edu/autismoutcomes/publications-and-reports/nat-autism-indicators-report/. Acesso em: 18 nov. 2018.
FERRETI, L.; OLIVEIRA, C. de A. Contribuição ao estudo sobre uso e manutenção de sistemas construtivos inovadores: Light steel framing e paredes de concreto com formas de PVC incorporadas. In: FABRICIO, M. M. ; ONO, R. Avaliação de desempenho de tecnologias construtivas inovadoras: manutenção e percepção dos usuários. 1 ed. São Paulo: ANTAC, 2015, p. 89-123.
GRANDIN, Temple. Thinking in Pictures: and other reports from my life with autism. 1. ed. Nova Iorque: Vintage Books, 1996, 222 p. ISBN 0679772898
HEBERT, Bonnie B. Design Guidelines of a Therapeutic Garden for Autistic Children. 2003. Dissertação (Mestrado em Paisagismo) - Louisiana State University, Baton Rouge, 2003. Disponível em: https://digitalcommons.lsu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=4287&context=gradschool_theses Acesso em: 08 abr. 2017
KINNAER, M.; BAUMERS, S.; HEYLIGHEN, A. How do People with Autism (Like to) Live. In: LANGDON, P. et al. (Eds.). Inclusive Designing: Joining Usability, Accessibility, and Inclusion. 1. ed. Cham: Springer International Publishing, 2014. p. 175-185. ISBN 10.1007/978-3-319-05095-9 DOI 10.1007/978-3-319-05095-9 Disponível em: http://link.springer.com/10.1007/978-3-319-05095-9. Acesso em: 11 nov. 2017.
MARCO, E. J. et al. Sensory processing in autism: a review of neurophysiologic findings. Pediatric Research, v. 69, n. 5 parte 2, p. 48–54, maio 2011. ISSN 1530-0447 DOI 10.1203/PDR.0b013e3182130c54 Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3086654/ Acesso em: 22. jul. 2018
MCALLISTER, K.; MAGUIRE, B. A design model: The Autism Spectrum Disorder Classroom Design Kit. British Journal of Special Education, v. 39, n. 4, p. 201–208, 2012. DOI 10.1111/1467-8578.12006 Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/264338137_A_design_model_The_Autism_Spectrum_Disorder_Classroom_Design_Kit Acesso em: 11 jan. 2019
MELLO, Ana Maria S. Ros de Mello. Autismo: guia prático. 6a edição. São Paulo: AMA, 2007, 44p.
MOSTAFA, Magda. An Architecture for Autism: Concepts of Design Intervention for the Autistic User. Archnet-IJAR: International Journal of Architectural Research, v. 2, n. 1, p. 189–211, 2008. DOI 10.26687/archnet-ijar.v2i1.182 Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/26503573_An_An_Architecture_for_Autism_Concepts_of_Design_Intervention_for_the_Autistic_User. Acessado em: 13 out. 2017.
MOSTAFA, Magda. ARCHITECTURE FOR AUTISM: Autism ASPECTSS(TM) in School Design. Archnet-IJAR: International Journal of Architectural Research, v. 8, n. 1, p. 143–158, 2014. DOI http://dx.doi.org/10.26687/archnet-ijar.v8i1.314 Disponível em: http://www.archnet-ijar.net/index.php/IJAR/article/view/314 Acessado em: 12 set. 2018.
MOSTAFA, Magda. Architecture for Autism: Built Environment Performance in Accordance to the Autism ASPECTSSTM Design Index. Design Principles and Practices, v. 8, 2015. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/283099110 Acessado em: 10 set. 2018.
POMANA, Andrei. Design Approach for Autism Treatment Centers. In: 5th International Conference Lumen 2014, Transdisciplinary and Communicative Action (Lumen-Tca 2014), Targoviste. Proceedings [...] Pianoro: Medimond – Monduzzi Editore International, nov. 2014. p. 585-587. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/308320196_Design_Approach_for_Autism_Treatment_Centers Acesso em: 11 nov. 2018.
SCHMID, Aloisio L. A ideia de conforto : reflexões sobre o ambiente construído. Curitiba: Pacto Ambiental, 2005, 338p.
WEDER, Natalie. Outdoor Environments for Children with Autism and Special Needs. Implications, v. 9, n. 1, p. 1–7, 2011. Disponível em: https://www.informedesign.org/_news/april_v09-p.pdf. Acesso em: 12 jul. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Luiza Ho, Alessandra Rodrigues Prata Shimomura, Roberta Consentino Kronka Mülfarth

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Permite o compartilhamento, adaptação e uso para quaisquer fins, inclusive comerciais, desde que feita a devida atribuição aos autores e à Revista Sítio Novo.
Os autores declaram que o trabalho é original, não foi previamente publicado em parte ou no todo, exceto em servidores de preprints reconhecidos, desde que declarado, e que nenhum outro manuscrito similar de sua autoria está publicado ou em processo de avaliação por outro periódico, seja impresso ou eletrônico.
Declaram que não violaram nem infringiram nenhum tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável.
Os autores mantêm os direitos autorais dos manuscritos publicados nesta revista, permitindo o uso irrestrito de seu conteúdo, desde que citada a autoria original e a fonte da publicação.














