Qualidade socioambiental de praças: indicadores de Conforto e Imagem
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2022.v7.i0.99-112pPalavras-chave:
Conforto. Ferramenta de Avaliação. Indicadores. Praças. Usuário-ambiente.Resumo
A pesquisa analisa aspectos socioambientais que qualificam os espaços livres públicos e que contribuem para a qualidade ambiental urbana, a partir da aplicação de indicadores que avaliam o “Conforto e Imagem” de praças, tendo como recorte espacial de análise a Grande Cobilândia, município de Vila Velha – ES. As atividades desenvolvidas foram definidas em três etapas metodológicas: contextualização do tema; mapeamento e análise da distribuição socioespacial das praças e aplicação da ferramenta de avaliação socioambiental QualificaURB, desenvolvida pelo grupo de Pesquisa “Paisagem Urbana e Inclusão”. A ferramenta analítica-classificatória é organizada em quatro categorias: Proteção e Segurança; Conforto e Imagem; Acessos e Conexões; e Sociabilidade, Usos e Atividades. Este artigo apresenta a avaliação correspondente aos aspectos ambientais e da paisagem urbana, agrupados na categoria “Conforto e Imagem”, que aborda questões referente à poluição espacial e sonora, assim como, aspectos que implicam no conforto térmico dos espaços de permanência. As avaliações indicam uma classificação “regular” das praças, evidenciando fragilidades no atendimento aos indicadores, demonstrando também a necessidade de uma melhor relação usuário-ambiente. As praças analisadas – apesar de limpas e com boa sonoridade – carecem de vegetação e materiais de revestimento permeáveis, comprometendo o conforto térmico, a drenagem urbana e a vivência no local. Os resultados demonstram que a ausência ou as deficiências no atendimento aos indicadores de conforto e Imagem podem mudar a maneira com que o usuário se relaciona com o espaço, assim como, indicam aspectos que podem melhorar a experiência da população com o ambiente.Downloads
Métricas
Referências
ARAUJO, L. M. F. de. Avaliação de espaços públicos: o caso de duas praças no Concelho de Caminha. 2007. 109p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Municipal) – Escola de Engenharia, Universidade do Minho, Minho.
BERKE, Philip; GODSCHALK, David R.; KAISER, Edward J.; RODRIGUEZ, Daniel. Urban land use planning. 5th edition. Urbana: University of Illinois Press, 2006.
BRANDÃO ALVES, F. Avaliação da qualidade do espaço público urbano. Proposta Metodológica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação para a Ciência e Tecnologia, 2003.
BRASIL, ITDP BRASIL. Índice de Caminhabilidade Ferramenta, Versão 2.0. Rio de Janeiro, 2019.
BUCCHERI FILHO, A.T.; NUCCI, J.C. Open spaces, green areas and tree canopy coverage in the Alto da XV district, Curitiba/PR. Revista do Departamento de Geografia, n. 18, p. 48-59. 2006.
CONDE, K.; ALVAREZ, C.E.; BRAGANÇA, L. Proposta de critérios e indicadores de avaliação de sustentabilidade urbana para países latino-americanos. In: EuroELECS 2019. III Encontro Latinoamericano Y Europeo sobre Edificaciones y Comunidades Sostenibles. Argentina, Anais... Santa Fe, Argentina, Maio 22-25, 2019 p.1412-1424.
COWAN, Roberto. Arm yourself with a Placecheck. A users’ guide. 2ed. London: Urban Design Alliance, 2001.
DE ANGELIS, B. L. D.; CASTRO, R. M. de; DE ANGELIS, G. Metodologia para levantamento, cadastramento, diagnóstico e avaliação de praças no Brasil. Engenharia Civil Um, Maringá, PR, nº 20, p. 57-70, 2004.
DEGREAS, H. N.; RAMOS, P. G. Espaços livres públicos: formas urbanas para uma vida pública. Quapá, USP, 2015. Disponível em: <http://quapa.fau.usp.br/wordpress/wp-content/uploads/2015/11/Espa%C3%A7os-livres-p%C3%BAblicos-formas-urbanas-para-uma-vida-p%C3%BAblica.pdf>. Acesso em: 04 abr. 2021.
DORNELES, V. G.; BINS ELY, V. H. M. Áreas livres acessíveis para idosos. Paisagem Ambiente: ensaios, São Paulo, SP, n. 22, p. 299- 308, 2006. HANNES, Evy. Espaços abertos/espaços livres: um estudo de tipologias. Paisagem e Ambiente, n. 37, p. 121-144, 2016.
GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014.
HANNES, Evy. Espaços abertos / espaços livres: um estudo de tipologias. Paisagem e Ambiente, n. 37, p. 121-144, 2016.
HEEMANN, Jenifer; SANTIAGO, P. Caiuby. Guia do espaço público para inspirar e transformar. Mountain View (CA), USA, 2015.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010. Características da população e dos domicílios: resultados do universo. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades-População estimada. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. Disponível em< https://cidades.ibge.gov.br/brasil/es/vila-velha/panorama> Acesso em 03 abr. 2021.
LEITE, M. A. F. P. Um sistema de espaços livres para São Paulo. Estudos Avançados, v. 25, n. 71, p. 159-174, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142011000100011&script=sci_arttext&tlng=es>. Acesso em: 15 mar. 2021.
MACEDO et al. Os Sistemas de Espaços Livres e a constituição da esfera pública contemporânea no Brasil. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2018.
MACIEL, Mariana Altoé. Uma proposta de lista de verificação para a avaliação de praças. 2016. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Espírito Santo.
MAZZEI, K.; COLESANTI, M. T. M.; SANTOS, D. G. Áreas verdes urbanas, espaços livres para lazer. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v.19, n.1, p. 33-43, 2007. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/sociedadenatureza/article/view/9350/5730>. Acesso em: 06 out. 2020.
MORA, M. A. R. Indicadores de Calidad de espacios públicos urbanos, para la vida ciudadana, em ciudades intermedias. In: Congresso Internacional de Americanistas, 53., 2009, Cidade do México. <http://observatorio.dadep.gov.co/sites/default/files/documentos/ar11_indicadores_de_calidad_de_espacios.pdf. >. Acesso em 16 fev. 2021.
NEW YORK. New York Plan. Seating. 2018. Disponível em: <https://www1.nyc.gov/site/planning/plans/pops/pops-plaza-standards.page>. Acesso em 16 fev. 2021.
QUEIROGA, E. F. Sistemas de espaços livres e esfera pública em metrópoles brasileiras. Resgate, v. XIX, n.21, p.25-25, 2011. Disponível em: . Acesso em: 16 fev. 2021.
RAMOS, L. A.; JESUS, L. N. Sistema de espaços livres de uso público: um estudo sobre o Grande Centro de Vila Velha. V!RUS, São Carlos, n. 14, 2017. Disponível em: <http://www.nomads.usp.br/virus/virus14/?sec=4&item=10&lang=pt>. Acesso em: 02 abr. 2021.
ROBBA, F; MACEDO, S.S. Praças Brasileiras: public squares in Brazil. São Paulo. Edusp: Impressa oficial do Estado. 2002.
SANTIAGO, Paola Caiuby; MARCHESANO, Tiago. Guia do Espaço Público. 2. ed. São Paulo: Conexão Cultural, 2016.
VILA VELHA. Lei complementar nº 65, de 09 de novembro de 2018. Institui a revisão decenal da lei municipal nº 4575/2007 que trata do plano diretor municipal no âmbito do município de Vila Velha e dá outras providencias. Vila Velha: Câmara Municipal de Vila Velha.
WHYTE, William. The Social Life of Small Urban Spaces. 3rd ed., New York: Project for Public Spaces, 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Permite o compartilhamento, adaptação e uso para quaisquer fins, inclusive comerciais, desde que feita a devida atribuição aos autores e à Revista Sítio Novo.
Os autores declaram que o trabalho é original, não foi previamente publicado em parte ou no todo, exceto em servidores de preprints reconhecidos, desde que declarado, e que nenhum outro manuscrito similar de sua autoria está publicado ou em processo de avaliação por outro periódico, seja impresso ou eletrônico.
Declaram que não violaram nem infringiram nenhum tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável.
Os autores mantêm os direitos autorais dos manuscritos publicados nesta revista, permitindo o uso irrestrito de seu conteúdo, desde que citada a autoria original e a fonte da publicação.