Ambiências sonoras antes e durante a pandemia da SARS-CoV-2 no Centro do Rio de Janeiro: Praça Tiradentes, Saara e Av. Presidente Vargas
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2022.v7.i0.161-174pPalavras-chave:
Acústica urbana. Ambiência sonora. Paisagem sonora.Resumo
Os sons são capazes de produzir diferentes ambiências que – em função de suas características – pode tornar um espaço tanto hostil quanto atraente para seus usuários. A pesquisa busca descrever os fenômenos sonoros urbanos, através de uma abordagem integrada de métodos quantitativos e qualitativos, em que o som é tratado não apenas como fator de incômodo, mas também em seus aspectos positivos, fundamentais para a percepção ambiental. O objetivo deste trabalho é mapear a diversidade de ambiências sonoras em um recorte da área do Centro do Rio de Janeiro, comparando o cenário de antes e durante a pandemia da SARS-CoV 2. Como método de análise foi adotado o mapeamento de ambiência – os pesquisadores percorreram a pé um percurso da Praça Tiradentes à Av. Presidente Vargas, atravessando o chamado Saara (área de comércio popular). Em oito pontos fixos de avaliação foram realizadas gravações de áudios, medições de LAeq, vídeos e preenchidas fichas de campo. Os dados coletados durante a segunda onda da pandemia foram comparados com a avaliação realizada no segundo semestre de 2019. Os resultados indicaram que, apesar da redução do fluxo de veículos e pedestres, as ambiências principalmente nos pontos de avaliação do Saara foram bem semelhantes aos da pesquisa anterior.Downloads
Métricas
Referências
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.151: Acústica - Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas — Aplicação de uso geral. Rio de Janeiro, 2019.
AUGOYARD, J.F; TORGUE, H. Sonic Experience: A Guide to Everyday Sounds. McGill-Queen's University Press. Montreal, Canadá, 2005.
BESTETTI, Maria Luisa Trindade. Ambiência: espaço físico e comportamento. Revista brasileira de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro, v.17, n. 3, p.601-610, set. 2014.
CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO. Lei nº 3268/2001. Altera o regulamento nº 15, aprovado pelo Decreto n.º 1.601, de 21 de junho de 1978, e alterado pelo Decreto nº 5.412, de 24 de outubro de 1985. Da proteção da coletividade contra a poluição sonora. Rio de Janeiro, 2001.
GIDLÖF GUNNARSSON, A.; ÖHRSTRÖM, E. Noise and well-being in urban residential environments: The potential role of perceived availability to nearby green areas. Landscape and Urban Planning. 83(2–3):115-126, November, 2007.
GOOGLE. Relatórios de mobilidade da comunidade. Relatórios criados em 2021-04-10. Disponível em: < https://www.google.com/covid19/mobility/>. Acesso em: abril, 2021.
LÉOBON, Alain. La qualification des ambiances sonores urbaines. Natures - Sciences – Sociétés, v. 3, n.1, p. 26-41. Janvier - Mars, 1995.
NIEMEYER, M. L.; CORTÊS, M.; OLIVEIRA, F. Ouvidos abertos para a cidade: a Praça Tiradentes e o Saara. In: Ressensibilizando Cidades: ambiências urbanas e sentidos. Anais da Conferência Internacional 2019. Rio de Janeiro: FAU/UFRJ, 2019.
PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele: a arquitetura e os sentidos. São Paulo: Bookman, 2011.
SCHAFER, M.R. (1977). The soundscape. Our sonic environment and the tuning of the world. 1a. ed. EUA: Destiny Books
THIBAUD, J. A cidade através dos sentidos. Cadernos PROARQ 18. 2010.
TRUAX, Barry. Acoustic Communication. 2.ed. Westport: Greenwood, 2001, p. 72. Disponível em: <http://books.google.com.br >. Acesso em: 14 set. 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Permite o compartilhamento, adaptação e uso para quaisquer fins, inclusive comerciais, desde que feita a devida atribuição aos autores e à Revista Sítio Novo.
Os autores declaram que o trabalho é original, não foi previamente publicado em parte ou no todo, exceto em servidores de preprints reconhecidos, desde que declarado, e que nenhum outro manuscrito similar de sua autoria está publicado ou em processo de avaliação por outro periódico, seja impresso ou eletrônico.
Declaram que não violaram nem infringiram nenhum tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável.
Os autores mantêm os direitos autorais dos manuscritos publicados nesta revista, permitindo o uso irrestrito de seu conteúdo, desde que citada a autoria original e a fonte da publicação.