Avaliação da qualidade de ovos comercializados no município de Dianópolis, estado do Tocantins
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2023.v7.i4.84-97pPalavras-chave:
Classificação. Índice. Qualidade. Supermercado. Unidade Haugh.Resumo
O ovo está entre os alimentos mais consumidos em todo o mundo, principalmente devido ao fácil acesso e baixo custo. No Brasil, a refrigeração de ovos comercializados não é obrigatória, de modo que os ovos ficam acondicionados em temperatura ambiente, o que pode afetar sua qualidade, com o tempo prolongado de armazenamento, sobretudo em localidades de clima quente. Diante disso, objetivou-se avaliar a qualidade de ovos comercializados em quatro supermercados do município de Dianópolis, estado do Tocantins (TO), entre os meses de julho a dezembro de 2022. Selecionaram-se quatro supermercados do município e foram adquiridas 6 bandejas, cada uma com 12 ovos, sendo 1 bandeja por supermercado/mês. Os ovos coletados foram enumerados e seguiram para um exame criterioso da casca, buscando-se eventuais defeitos de formação, trincamentos e sujidades aderidas. Na sequência, houve a mensuração do peso dos ovos, para que pudessem ser classificados posteriormente. Para a determinação dos índices de gema, albúmen e unidade Haugh, os ovos foram quebrados e seus componentes foram pesados separadamente. Considerando-se os quatro supermercados analisados, os comércios S3 e S4 apresentaram os piores resultados para qualidade interna, além de péssimas condições de armazenamento, enquanto ovos oriundos dos supermercados maiores (S1 e S2) apresentaram qualidade interna superior. De maneira geral, pode-se considerar que os ovos comercializados no município de Dianópolis (TO) demonstram altos índices de defeitos externos bem como baixa qualidade interna, apresentando valores de unidade Haugh inferiores ao preconizado pelo Departamento de Agricultura Americano, que garante que ovos de qualidade devem apresentar unidade Haugh superior a 60.Downloads
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