Análise do fator de simultaneidade em sistemas fotovoltaicos para prossumidores com diferentes padrões de consumo
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2025.v9.1578Palavras-chave:
Fator de simultaneidade, Padrões de consumo, Sistema fotovoltaico conectado à rede, Tempo de retorno do investimentoResumo
Desde a promulgação da Lei nº 14.300/2022, que atualizou as regras da geração distribuída no Brasil, quem adquire um sistema fotovoltaico conectado à rede precisa pagar uma parcela da tarifa de energia sobre a energia injetada na rede e compensada. No entanto, a energia gerada durante o dia e consumida no mesmo instante fica isenta de qualquer tarifa, pois não chega a ser injetada no medidor de energia. Por conta disso, o chamado fator de simultaneidade, que representa a fração da energia gerada consumida instantaneamente pela própria unidade prossumidora (UP), impacta diretamente no valor da fatura de energia e, consequentemente, no tempo do retorno do investimento. Este estudo tem como objetivo determinar valores médios de simultaneidade em UPs com diferentes padrões de consumo no estado do Tocantins e avaliar seu impacto no tempo de retorno do investimento. Para isso, é realizado um estudo de caso com 86 UPs, classificadas em quatro perfis de consumo distintos: Diurno, Noturno, Integral e Noturno com fins de semana (Noturno+FDS). São coletados os dados de consumo e geração de energia em intervalos de 30 dias ao longo de um ano e, em seguida, processados por meio de planilhas computacionais que calcularam o fator de simultaneidade para cada perfil. Posteriormente, é aplicada uma análise financeira para estimar o tempo de retorno do investimento com base nas taxas médias de simultaneidade de cada perfil de consumo e nas regras tarifárias vigentes. Os resultados indicam que UPs com consumo predominantemente diurno apresentam os maiores fatores de simultaneidade (média de 60%) e, consequentemente, os menores tempos de retorno do investimento, embora a diferença entre os perfis não seja extremamente significativa. Esses achados reforçam a importância de considerar o padrão de consumo no planejamento de sistemas fotovoltaicos.Downloads
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