O papel do fotojornalismo na compreensão do gênero textual reportagem
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2020.v4.i2.62-72pResumo
Este artigo é um recorte de uma pesquisa qualitativa cujo objetivo foi verificar em que medida o ensino de leitura numa abordagem multimodal, com foco na análise semiótica do fotojornalismo, pode atenuar as dificuldades que estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental apresentavam na compreensão de textos do gênero reportagem. Para tanto, foi elaborado e implementado um Projeto Didático de Gênero construído a partir de princípios desenvolvidos no âmbito da Sociossemiótica – a Multimodalidade e a Gramática do Design Visual – e de preceitos do Interacionismo Sociodiscursivo, como apropriação das capacidades de linguagem. Para fornecer suporte para o desenvolvimento dos módulos deste projeto, foi produzido um material didático que concedeu destaque aos efeitos de sentido que a leitura do fotojornalismo proporciona quando inter-relacionada ao conteúdo linguístico da reportagem. Os resultados obtidos, ainda que parciais, indicam que o ensino de leitura embasado na análise linguístico-semiótica de textos do gênero reportagem contribui significativamente para a ampliação da compreensão leitora dos estudantes. Palavras-chave: Leitura. Fotojornalismo. Gramática do Design Visual. Multimodalidade. Reportagem.Downloads
Métricas
Referências
ARAÚJO, S; GUALBERTO, C. Leitura na Base Nacional Comum Curricular: qual é a base? Discussões sobre alfabetização, texto e multimodalidade. In: GUALBERTO, C. PIMENTA, S., SANTOS, Z. (Orgs.) Multimodalidade e ensino: múltiplas perspectivas. São Paulo: Pimenta Cultural, 2018.
BAKHTIN, M. Problemas da poética de Dostoiévski. Trad. Paulo Bezerra. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, [1963] 2010.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. de Maria E. G. G. Pereira, 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, [1979] 1997.
BARCELOS, J. Imagem e produção de sentido sobre favelas cariocas em fotos jornalísticas. Tese (Doutorado em Linguística) – Belo Horizonte: Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, 2016.
BRASIL [BNCC (2017]. Base Nacional Curricular Comum: Ensino Fundamental. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base. Acesso em: 22 out. 2018.
CARDOSO, A. A escola inclusiva ensina a respeitar diversidade e lidar com o diferente. A revista da mulher, Paris, jan. 2016. Seção Família. Disponível em: https://www.arevistadamulher.com.br/faq/23174-a-escola-inclusiva-ensina-a-respeitar-diversidade-e-lidar-com-o-diferente. Acesso em: 17 ago. 2019.
DIAS, F. Enunciação e relações linguísticas. Campinas. Pontes Editores, 2018.
DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. (Orgs.) Gêneros orais e escritos na escola. Trad. Roxane Rojo e Glaís Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004.
FARIA, O. Como usar o jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2009.
GOMES, L. Interdiscursividade e multimodalidade na construção do sentido textual: o ensino do gênero Mangá nas aulas de Língua Portuguesa. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, 2016.
GUIMARÃES, A.; KERSCH, D. (Orgs.). Caminhos da construção: reflexões sobre projetos didáticos de gênero. Campinas: Mercado das Letras, 2015.
HODGE, R.; KRESS, G. Social Semiotics. Cambridge: Polity Press, 1988.
KLEIMAN, A. O processo de aculturação pela escrita: ensino de forma ou aprendizagem da função? In: KLEIMAN, A.; SIGNORINI, I. (Org.). O ensino e a formação do professor: alfabetização de jovens e adultos. Porto Alegre: Artmed, 2000.
KRESS, G.; LEEUWEN, T. Reading Images: the grammar of visual design. London & New York: Routledge, [1996] 2006.
MARTÍN, M. STF decide que escola pública pode promover crença específica em aula de religião. El País, Madrid, set. 2017. Seção Internacional. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/31/politica/1504132332_350482.html. Acesso em: 17 ago. 2019.
MAROUN, C. A multimodalidade textual no livro didático de Português. In.: VIEIRA, J. et. al. (2007). Reflexões sobre a língua portuguesa: uma abordagem multimodal. Petrópolis: Vozes, 2007.
ONU. [DUDH (1948)]. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assembleia Geral da ONU, Paris [1948]. Disponível em:
https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf. Acesso em: 15 ago. 2019.
PEREIRA, A. Multimodalidade e construção de sentidos: análise da seção de gramática do livro didático de Língua Espanhola. Dissertação (mestrado) – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Campus Avançado Prof.ª. Maria Elisa de A. Maia. 2017.
RIBEIRO, A. Textos multimodais: Leitura e Produção. São Paulo: Parábola, 2016.
ROJO, R.; BARBOSA, J. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.
SANTOS, Z. A concepção de texto e discurso para semiótica social e o desdobramento de uma leitura Multimodal. Revista Gatilho (PPGL/ UFJF), v. 13, p. 1-13, 2011.
THIOLLENT, M. Pesquisa-ação nas organizações. São Paulo: Atlas, 2009.
VIEIRA, J. Novas perspectivas para o texto: uma visão multissemiótica. In.: VIEIRA, J. et. al. (2007). Reflexões sobre a língua portuguesa: uma abordagem multimodal. Petrópolis: Vozes, 2007.
VIEIRA, L.; COHEN; M. Alunos acima do peso são mais vítimas de bullying na escola. O Globo, Rio de Janeiro, mai. 2015. Seção Educação. Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/alunos-acima-do-peso-sao-mais-vitimas-de-bullying-na-escola-12375170. Acesso em: 18 ago. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Fabio Moreira de Carvalho

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Permite o compartilhamento, adaptação e uso para quaisquer fins, inclusive comerciais, desde que feita a devida atribuição aos autores e à Revista Sítio Novo.
Os autores declaram que o trabalho é original, não foi previamente publicado em parte ou no todo, exceto em servidores de preprints reconhecidos, desde que declarado, e que nenhum outro manuscrito similar de sua autoria está publicado ou em processo de avaliação por outro periódico, seja impresso ou eletrônico.
Declaram que não violaram nem infringiram nenhum tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável.
Os autores mantêm os direitos autorais dos manuscritos publicados nesta revista, permitindo o uso irrestrito de seu conteúdo, desde que citada a autoria original e a fonte da publicação.