Avaliação de genótipos de milho: adaptabilidade, estabilidade e estratificação ambiental
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2020.v4.i2.81-92pResumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar a adaptabilidade e estabilidade para a produtividade de grãos de genótipos de milho de ampla base genética, bem como realizar sua estratificação ambiental. Os dados foram obtidos de 24 ambientes distintos, adquiridos por meio da combinação de data de semeadura vs. dose de nitrogênio em cobertura vs. cobertura morta, com a avaliação de 12 genótipos de milho de ampla base genética. Os estudos foram conduzidos nas safras 2012/13 (12) e 2013/14 (12) no município de Gurupi – TO. O comportamento (adaptabilidade e estabilidade) dos genótipos foi avaliado através da média geral, coeficientes de determinação (R2) e de regressão linear (β) e desvios da regressão (σ). O estudo de estratificação ambiental foi feito pelo método tradicional, pela avaliação da interação significativa entre os ambientes, e a dissimilaridade ambiental pela decomposição da interação em fração simples e complexa. O genótipo AL BANDEIRANTE apresentou comportamento imprevisível (σ ≠ 0). Os genótipos UFT2 e BRS GORUTUBA apresentaram adaptação específica a ambientes favoráveis (β > 1), com produtividade acima da média (> 74 g planta-1). Os genótipos UFT5, UFT6 e BR 205 apresentaram ampla adaptabilidade (β = 1) e comportamento previsível (σ = 0). A estratificação ambiental revelou a formação de 31 grupos distintos, indicando variações nos ambientes estudados. Por fim, os ambientes de estudo poderiam ser resumidos a condições de semeadura de safrinha com baixa disponibilidade de nitrogênio e diferentes tipos de cobertura morta, na avaliação de genótipos de ampla base genética.Palavras-chave: Adaptação. Interação. Populações. Variedades. Zea mays L.Downloads
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