Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: Educação Ambiental em um processo educacional de conscientização
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2020.v4.i3.359-376pPalavras-chave:
Educação Ambiental. Formação técnica profissional. Resíduos de serviços de saúde.Resumo
Os resíduos de serviços de saúde (RSS), popularmente conhecidos como lixo hospitalar e frequentemente gerados nas instituições de saúde, podem provocar danos à saúde humana e à natureza se não manuseados e descartados corretamente. O presente estudo objetivou identificar o nível de conhecimento dos alunos dos cursos técnicos em Enfermagem e Análises Clínicas, ofertados na forma subsequente, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins, sobre os RSS, bem como verificar se a Educação Ambiental é abordada como tema transversal e como instrumento de conscientização sobre questões ambientais. A pesquisa foi do tipo quanti-qualitativa, descritiva, exploratória e de caráter transversal. Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionário a 207 estudantes. Os resultados apontaram para um entendimento parcial dos estudantes sobre o manejo dos RSS, particularmente sobre as etapas de classificação, segregação e acondicionamento, fases iniciais e importantes para a continuidade do processo adequado de gerenciamento. Concluiu-se que a fragmentação e desintegração das disciplinas dos cursos, com a concentração do assunto em biossegurança, possam estar contribuindo para essa realidade. Deste modo, sugerimos que a Educação Ambiental deve ser trabalhada de forma transversal e interdisciplinar nos módulos, assim contribuindo para a formação de futuros profissionais com maior compreensão sobre os impactos ambientais provocados por esses resíduos.Downloads
Métricas
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS-
Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2018/2019. Editora ABRELPE, São Paulo, nov. 2019.
BESERRA et al. Educação ambiental e enfermagem: uma integração necessária. Revista Brasileira de Enfermagem - REBEn, Brasília, v. 63, n. 5, p. 848-852, set./out. 2010.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 006, de 19 de setembro de 1991. Dispõe sobre o tratamento de resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 1991. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=120. Acesso em: 18 jun. 2019.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outra providencias. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462. Acesso em: 10 jul. 2019
BRASIL. Ministério da Saúde. RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Dispõem sobre o Regulamento das Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf/c5d3081d-b331-4626-8448-c9aa426ec410. Acesso em: 14 jun. 2019.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de educação Ambiental. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em: 25 jun. 2019.
CAFURE, V.A.; PATRIARCHA-GRACIOLLI, S.R. Os resíduos de serviço de saúde e seus impactos ambientais: Uma revisão bibliográfica. Interações, Campo Grande, v. 16, n. 2, p. 301-314, jul./ dez. 2015.
DIAS, M. O. et al. Percepção das lideranças de enfermagem sobre a luta contra a precarização das condições de trabalho. Rev Esc Enferm USP, São Paulo, 2019;53; e03492.
Elk, A. G. Redução de emissões na disposição final. Segala – Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Administração Municipal, 2007.
FARIAS, T. S. Educação ambiental e educação profissional: olhares sobre o curso técnico em meio ambiente do Centro Territorial e Educação Profissional do Litoral Norte e Agreste Baiano. Revista Caderno de Educação, Gestão e Desenvolvimento Local Sustentável, Bahia, v. 4, n.1, 2016.
GOMES, A. M. Responsabilidade socioambiental: conhecimento dos profissionais da saúde sobre o gerenciamento de resíduos no serviço público. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual Paulista, Araçatuba, Programa de pós-graduação em odontologia Preventiva e Social, 2015.
GOMES, R. K; NERY, V. S.; BRITO, A. C. Saberes e vivências na formação de educadores ambientais amazônicos. Ambiente & Educação, Rio Grande do Norte, v. 22, n. 2, 2017.
GRANISKA, A. A. Educação ambiental e resíduos de serviços de saúde na formação dos acadêmicos de odontologia e enfermagem em Francisco Beltrão – PR. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual do Oeste, Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2000.
MACEDO, L. C. et al. Segregação de resíduos nos serviços de saúde: a educação ambiental em um hospital-escola. Cogitare Enferm., Paraná - PR, v. 12, n. 2, p. 183-188, abr./jun. 2007.
MAHLER, C. F.; MOURA, L. L. Resíduos de serviço de saúde: uma abordagem qualitativa. Revista lbérica de Sistemas e Tecnologias de Informação, RIST, Rio Tinto, Portugal, n. 23, p. 46-60, set. 2017.
MORAIS, P. S. et al. Educação ambiental como estratégia na atenção primária em saúde. Polêmica, PB, v.13, n. 3, 2014.
PERES, R.R. et al. Saúde e ambiente: (in)visibilidades e (des)continuidade na formação profissional em enfermagem. Esc Anna Nery, Santa Maria, RS, v. 20, n. 1, p. 25-32, jan./mar. 2016.
PINHEIRO, L. A.; SILVA, E.R. Estudos sobre resíduos sólidos de serviço de saúde e a educação ambiental. Revista Internacional de Ciências, Rio de Janeiro - RJ, v. 6, n. 1, p. 21-28, jan./jun. 2016.
POMBO, O. Epistemologia da Interdisciplinaridade. Revista do Centro de Educação e Letras da Unioeste, Campus de Foz do Iguaçu, v. 10, n 1, p. 9-40, 1º sem. 2008.
REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2010. v. 12.
RICOLDI, A.; ARTES, A. Mulheres no ensino superior brasileiro: espaço garantido e novos desafios. Fundação Carlos Chagas, São Paulo, n. 33, p. 149-161, jun. 2016.
SANCHES, A. P. et al. Resíduos de serviço de saúde: conhecimento de enfermeiros da Atenção Básica. Revista Brasileira de Enfermagem - REBEn, v. 71, n.5, p. 2.508-2.517, 2017.
SANTOS, D. A.; SILVA, M. S. Atuação do enfermeiro na educação ambiental e a relação com a sua formação acadêmica. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental – RS, v. 31, n. 2, p. 127-139, jul./dez. 2014.
SANTOS, M.A.; SOUZA, A.O. Conhecimento de enfermeiros da estratégia Saúde da Família sobre resíduos de serviço de saúde. Revista Brasileira de Enfermagem - REBEn, Brasília, v. 65, n. 4, p. 645-652, jul./ago. 2012.
SERAPHIM, C. R. Abordagem dos resíduos de serviço de saúde (RSS) na formação profissional dos auxiliares técnicos em enfermagem de Araraquara-SP. Dissertação de Mestrado. 2010. Centro Universitário de Araraquara (UNIARA), Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, São Paulo, 2010.
SERAPHIM, C.R. et al. Abordagem dos resíduos de serviço de saúde (RSS) na formação profissional dos auxiliares técnicos em enfermagem de Araraquara-SP. Revista Brasileira multidisciplinar - ReBraM, v. 19, n. 2, p. 22-37, dez., 2016.
SINOTI, A. L. L.; FALCO JUNIOR, I.; SOUZA, S. B. O descarte de medicamentos: um estudo comparativo da problemática no Brasil, EUA e Europa. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Toxicologia Aplicada à Vigilância Sanitária, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2009.
STEHLING, M. C. et al. Gestão de resíduos com risco biológico e perfurocortantes: conhecimento de estudantes de graduação das áreas biológicas e da saúde da
Universidade Federal de Minas Gerais. Rev. Min. Enferm.- REME, v. 17, n. 3, p. 594-600, jul./set. 2013.
VIANA, B.A; VIANA, S. C; VIANA, K. M. Educação ambiental e resíduos sólidos:
descarte de medicamentos, uma questão de saúde pública. Rer. Geogr. Acadêmica, v. 10, n. 2, p. 56-66, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Geraldo Gonçalves Filho, Sabrina Guimarães Paiva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Permite o compartilhamento, adaptação e uso para quaisquer fins, inclusive comerciais, desde que feita a devida atribuição aos autores e à Revista Sítio Novo.
Os autores declaram que o trabalho é original, não foi previamente publicado em parte ou no todo, exceto em servidores de preprints reconhecidos, desde que declarado, e que nenhum outro manuscrito similar de sua autoria está publicado ou em processo de avaliação por outro periódico, seja impresso ou eletrônico.
Declaram que não violaram nem infringiram nenhum tipo de direito de propriedade de outras pessoas, e que todas as citações no texto são fatos verdadeiros ou baseados em pesquisas de exatidão cientificamente considerável.
Os autores mantêm os direitos autorais dos manuscritos publicados nesta revista, permitindo o uso irrestrito de seu conteúdo, desde que citada a autoria original e a fonte da publicação.