A natureza dos vírus sob a teoria do gene egoísta de Dawkins
DOI:
https://doi.org/10.47236/2594-7036.2021.v5.i1.148-157pPalabras clave:
Evolução. Genes. Replicador. Seleção natural. Vírus.Resumen
A pandemia de COVID-19 levantou um antigo debate sobre a natureza dos vírus. Baseado em conceitos estritos, eles não têm metabolismo, homeostase interna, crescimento ou se replicam sem um hospedeiro, portanto, não poderiam estar vivos. A descoberta de vírus gigantes retoma o papel dos vírus na evolução, pois exibem maior complexidade e carregam um genoma extenso, dependendo menos do hospedeiro. Os vírus devem ter evoluído de organismos mais complexos e perdido seus genes temporalmente, reduzindo-os ao essencial. Pela teoria do gene egoísta de Dawkins, a seleção natural atua sobre genes específicos como unidade de seleção. Esse replicador usa veículos transitórios em favor de sua multiplicação, e o aspecto egoísta mantém as características sendo transmitidas. Do ponto de vista da seleção natural, replicadores ou genes virais, que menos replicam, diminuirão em frequência. O fato de manterem a estrutura simples não implica o status inerte dos vírus. Os limites entre vivo versus não-vivo é um contínuo; e essa classificação é mais um debate filosófico e semântico que científico. Esta revisão visa reunir informações sobre a origem dos vírus e a relação com a vida primordial através de uma revisão narrativa da literatura. Por meio do entendimento acerca da onipresença e aspectos evolutivos dos vírus, é possível chegar a um entendimento geral de que estes podem ser classificados como seres vivos, pois expressam informações hereditárias e evoluem através da seleção natural.Descargas
Métricas
Citas
ALBERTS, B. et al. The RNA World and the Origins of Life- Molecular Biology of the Cell. v. 4. New York: Garland Science, 2002.
BURRELL, C.J.; HOWARD, C.R.; MURPHY, F.A. History and Impact of Virology. Fenner and White's Medical Virology (Fifth Edition):3-14, 2017. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-375156-0.00001-1
COLSON, P.; LAMBALLERIE, X.; YUTIN, N.; ASGARI, S.; BIGOT, Y.; BIDESHI, D.K.; CHENG, X.; FEDERICI, B.A.; VAN ETTEN, J.L.; KOONIN, E.V.; SCOLA, B.; RAOULT, D. “Megavirales”, a proposed new order for eukaryotic nucleocytoplasmic large DNA viruses. Arch Virol., 158 (12), 2013. https://doi.org/10.1007/s00705-013-1768-6.
DAWKINS, R. O gene egoísta. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
DODD, M.; PAPINEAU, D.; GRENNE, T. et al. Evidence for early life in Earth’s oldest hydrothermal vent precipitates. Nature, 543: 60–64, 2017. https://doi.org/10.1038/nature21377
DURZYŃSKA, J.; GOŹDZICKA-JÓZEFIAK, A. Viruses and cells intertwined since the dawn of evolution Emerging viruses. Virol J., 12(1):1–10, 2015. https://doi.org/10.1186/s12985-015-0400-7.
FARIAS, S.T.; JHEETA, S.; PROSDOCIMI, F. Viruses as a survival strategy in the armory of life. Hist Philos Life Sci., 41, 2019. http://dx.doi.org/10.1007/s40656-019-0287-5
KATZOURAKIS, A. Paleovirology: inferring viral evolution from host genome sequence data. Philos Trans R Soc L B Biol Sci., 368(1623), 2013. http://dx.doi.org/10.1098/rstb.2012.0493.
KOONIN, E.V. Viruses and mobile elements as drivers of evolutionary transitions. Philos Trans R Soc B Biol Sci., 371(1701), 2016. http://dx.doi.org/10.1098/rstb.2015.0442.
KOONIN, E.V.; DOLJA, V.V. A virocentric perspective on the evolution of life. Curr Opin Virol., 3:546–557, 2013. http://dx.doi.org/10.1016/j.coviro.2013.06.008.
LANDER, E. et al. Initial sequencing and analysis of the human genome. Nature, 409(6822):860–921, 2001. https://doi.org/10.1038/35057062.
MOELLING, K.; BROECKER, F. Viruses and Evolution – Viruses First? A Personal Perspective. Front. Microbiol., 19, 2019. https://doi.org/10.3389/fmicb.2019.00523
NASIR, A.; KIM, K.M.; CAETANO-ANOLLÉS, G. Viral evolution: Primordial cellular origins and late adaptation to parasitism. Mob Genet Elements, 2(5):247–52, 2012. http://dx.doi.org/10.4161/mge.22797.
PEARSON, H. The virophage as a unique parasite of the giant mimivirus. Nature, 455(7209):100–4, 2008.
PROSDOCIMI, F. A teoria do gene egoísta. ClickCiência, 15, 2009. Disponível em: http://www.clickciencia.ufscar.br/portal/edicao15/resenha1_detalhe.php. Acesso em: 10 maio 2020.
RAOULT, D.; FORTERRE, P. Redefining viruses: lessons from Mimivirus. Nat Rev Microbiol., 6(4):315–9, 2008. https://doi.org/10.1038/nrmicro1858.
RAOULT, D.; SCOLA, B.L.; BIRTLES, R. The Discovery and Characterization of Mimivirus, the Largest Known Virus and Putative Pneumonia Agent. Clin Infect Dis., 45(1):95–102, 2007. https://doi.org/10.1086/518608.
RICHTER, V. What came first, cells or viruses? COSMOS- Sci everything, 2015. Disponível em: https://cosmosmagazine.com/biology/what-came-first-cells-or-viruses. Acesso em: 01 jun. 2020.
RIDLEY, M. In retrospect: The Selfish Gene. Nature, 529:462–463, 2016. https://doi.org/10.1038/529462a.
VILLARREAL, L.P. Are Viruses Alive? Sci Am., 2008. Disponível em: https://www.scientificamerican.com/article/are-viruses-alive-2004/. Acesso em: 10 jun. 2020.
WEISS, M.C. et al. The physiology and habitat of the last universal common ancestor. Nat Microbiol., 1 (9), 2016. https://doi.org/10.1038/nmicrobiol.2016.116.
WESSNER, D.R. The Origins of Viruses. Nat Educ., 3(9):37, 2010. Disponível em: https://www.nature.com/scitable/topicpage/the-origins-of-viruses-14398218/. Acesso em: 10 jun. 2020.
ZANINI, F. et al. Population genomics of intrapatient HIV-1 evolution. Genet Genom Microbiol Infect Dis., 2015. https://doi.org/10.7554/eLife.11282.001.
ZIMMER C. Welcome to the Virosphere. The New York Times- Science, 2020. Disponível em: https://www.nytimes.com/2020/03/24/science/viruses-coranavirus-biology.html. Acesso em: 4 abr. 2020.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Revista Sítio Novo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Permite el intercambio, la adaptación y el uso para cualquier fin, incluso comercial, siempre que se otorgue la debida atribución a los autores y a la Revista Sítio Novo.
Los autores declaran que el trabajo es original y que no ha sido publicado previamente, ni total ni parcialmente, salvo en servidores de preprints reconocidos, siempre que se declare, y que ningún otro manuscrito similar de su autoría se encuentra publicado ni en proceso de evaluación por otra revista, ya sea impresa o electrónica.
Declaran que no han violado ni infringido ningún tipo de derecho de propiedad de terceros, y que todas las citas en el texto son hechos verídicos o están basadas en investigaciones con exactitud científicamente comprobable.
Los autores conservan los derechos de autor de los manuscritos publicados en esta revista, permitiendo el uso irrestricto de su contenido, siempre que se cite adecuadamente la autoría original y la fuente de publicación.












